Voltar a andar por aqueles corredores e descer apressada aquelas escadas transportou-me para a época em que ir até lá era uma mistura de conhecimento e interação.
Mas é como se eu estivesse deslocada. Não foi da mesma maneira e eu tive que reconhecer: nunca mais seria da mesma maneira. Porque o que preenchia o vazio dos meus dias não era apenas aquela estrutura de cimento construída há 14 anos, mas sim todos aqueles que estavam lá trocando ideias e fazendo parte das minhas memórias — nem que seja na forma mais simples de convivência vivenciadas num olhar pelos corredores, numa conversa sobre os professores dentro do ônibus, numa reclamação em conjunto sobre a comida, num trabalho do sarau, numa parabenização pela apresentação do concerto, numa chamada da fila do almoço, num interclasse, numa ida ao banheiro ou biblioteca, numa partida de dominó.
E não dói em mim não poder mais viver tudo milimetricamente igual, porém deixa uma sensação de nostalgia e vazio.
É esquisito dizer, mas não é um vazio que dói. É somente um vazio que precisa ser preenchido por coisa nova. Novos planos, novos destinos.
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Obrigada pela leitura! <3