Sejam bem-vindos a este momento extremamente especial para nós. Chegou a hora de comemorarmos o fim do Ensino Médio, o fechamento deste importante ciclo das nossas vidas.
Antes de tudo, quero agradecer a diretora desta Instituição, a professora Giovana Targino, aos professores, pais, alunos e demais convidados por estarem aqui presentes e serem fundamentais nessa caminhada.
É difícil começar de algum ponto, quando vivenciamos e construímos tanta história, mas gostaria de iniciar agradecendo a Deus por nos proporcionar tudo isso. Sem Ele não teríamos encontrado forças para chegar até aqui de cabeça erguida, então que possamos nos voltar a Ele e externalizar o que estamos sentindo, entregando tudo em suas mãos.
Hoje é o dia de festejar essa grande conquista para as nossas vidas. Quero parabenizar a cada um por ter enfrentado suas dificuldades e chegado até aqui. Não foi fácil ultrapassar os vários obstáculos que surgiram, quando muitas vezes tivemos que escalá-los para que pudéssemos concretizar esse sonho. Neste momento tenho orgulho de dizer, nós vencemos, juntos. Que possamos, assim, nutrir o sentimento de felicidade por não ter desistido e aproveitar cada segundo dessa noite.
Representar os concluintes do Ensino Médio Técnico de Desenvolvimento de Sistemas é uma tarefa complexa de ser feita, mas vou tentar dar o meu melhor.
Trilhar todo o caminho do Ensino Médio foi muito intenso. Quando olho para trás, vejo o quanto evoluímos de lá para cá. Explicar a sensação de vivenciar essa celebração é o mesmo que dizer que estamos todos dentro de uma montanha russa, compartilhando uma miscelânea de emoções. Emoções estas que ficarão gravadas para sempre em nossa pele.
Iremos para uma nova etapa da nossa vida depois daqui, porém uma coisa é certa, a ETE ficará marcada para sempre em cada um de nós. Não é simples esquecer da cansativa, todavia memorável rotina que tínhamos. Passamos mais tempo na escola do que em casa nestes últimos anos — digo isso sem me responsabilizar por Venâncio, que faltava de lei umas duas vezes na semana — e agora que finalizamos, os que falavam “quero que termine logo” vão ser os primeiros a querer estender mais aqueles dias vividos, como a hora da chamada, né Joana?
Nesse mesmo período que estamos agora, há exatos três anos existiam inúmeras incertezas. Como será que é estudar integral? Será que vai ser on-line? Será que vou me dar bem com os meus colegas? Será que vou sair do Ensino Médio sabendo hackear o celular de quem eu quiser? Será que vou aprender a desmontar um computador?
Começamos o primeiro ano de uma forma bem atípica: em meio período, com distanciamento, máscaras e a sala dividida em duas. Ainda estávamos no auge da pandemia e a adaptação a tantas coisas novas abalou muito. As lágrimas mais doloridas foram em 2021 por imaginar que nunca se encaixaria àquela nova realidade ou que não tinha capacidade de aprender os assuntos devido a um déficit do ano anterior. Logo no começo foi preciso ter coragem e nós, sem sombras de dúvida, tivemos. Coragem até mesmo para ir de penetra para a escola sem ser o dia do seu grupo…
Ao decorrer dos meses, fomos aprendendo a nos acostumar com o ritmo que a escola seguia, nos tornando parte disso tudo. Vieram então os Concertos Pitagóricos e Festivais Culturais, que colocaram à prova a frase escrita por Anne Frank, “a preguiça pode ser convidativa, mas só o trabalho dá a verdadeira satisfação”. Mal sabem que por trás desses espetáculos existiram muitas discussões, desistências e reconciliações, mas independente disso todos estavam focados em um único objetivo: dar tudo de si e fazer o melhor. E a sensação de fazer acontecer como planejado – ou às vezes nem tanto, tendo em vista os inúmeros contratempos – é mágica. Sentir a adrenalina correndo pelas veias e os espasmos por todo o corpo. Muito além da conquista, tenho plena certeza de que o que vamos nos recordar é o caminho percorrido.
Um filme passa pela cabeça, né? Três anos passaram num piscar de olhos, mas foram eles que nos moldaram e nos levaram a concretizar esse dia, o qual vivenciamos.
Agradeço do mais íntimo do meu coração aos meus colegas por esses momentos, pois foi através deles que aprendi a trabalhar em equipe e lidar com as limitações e diferenças que cada um tinha. E isso fortaleceu, não só a mim, mas a vocês também como seres humanos.
Para muitos aqui, antes de entrar na ETE, escola era sinônimo de um lugar desagradável, que era obrigado a ir somente para ganhar um diploma. Hoje, a escola ganhou um novo sentido, representa o local onde descobrimos o que é união e aprendemos a valorizar o outro independente do que ele seja.
Nas paredes desta escola, a qual saímos, só restarão as lembranças de tudo o que fizemos, as brincadeiras, as atividades, os almoços. Também da nossa união de estudantes do curso de Desenvolvimento de Sistemas, seja na participação do interclasse, seja nas várias experiências compartilhadas nas aulas de eletiva e, até mesmo, na realização das Olimpíadas Científicas, como Laís, Davi Saimon e Abnner bem sabem.
Agradeço ainda aos profissionais da limpeza e do almoço — carinhosamente apelidados de “tios” —, por todos os dias ter nos proporcionado refeições e conforto, além de, claro, frequentemente nos tratar com todo o cuidado; e aos porteiros, por ter nos recebido bem todas as manhãs, saudando com bom dia.
A ETE Miguel Arraes de Alencar foi o lugar de aprender muito além de conteúdos como: Balanceamento, Função do Segundo Grau, Vanguardas Europeias ou Era Vargas, foi onde desenvolvemos a resiliência sempre que algo não saía como nos planos e nos tornamos protagonistas daquilo que nos dispomos a fazer.
Expresso, com isso, minha completa gratidão por todo corpo escolar confiar no nosso potencial e deixar cada um de nós fazer o que sabe de melhor. Por nos dar a oportunidade de coordenar os eventos e proporcionar, dessa forma, experiências edificantes, como a Expotec, que desafiou a todos e marcou de maneira positiva a nossa passagem por aqui, nos fazendo adentrar por completo no curso e eternizar esse momento para sempre em nossos corações.
Quero expressar minha profunda gratidão também aos professores por contribuir com seus essenciais ensinamentos nesse processo. Vocês foram excepcionais, não somente em passar os seus conhecimentos científicos, como também em nos ensinar e orientar nas mais diferentes esferas da nossa vida.
Não posso falar das aulas sem citar as de Marconio que sempre envolvia elementos da sala para falar sobre algum assunto, como na aula de área em que ele usou como exemplo o quadriculado da parede. Ou das interessantes aulas de Ayron, que parecia que a gente estava vivenciando a época da ditadura ou a era Vargas enquanto ele contava como era aquela realidade.
Agradeço a Ivone por suas maravilhosas aulas de Língua Portuguesa, constantemente indicando bons livros; a Elisangela e sua forma carinhosa de chamar todos de Biu ou Maria e Aldo com os bizus. Ao professor Bezerra e suas magníficas aulas de química, envolvendo sempre as fórmulas com o cotidiano, afinal, aprendemos com ele que tudo é Química. Também expresso meus agradecimentos a Julio por ter confiado no nosso potencial e nos envolver com projetos instigantes na aprendizagem da Língua Inglesa.
Não podemos esquecer das aulas do Curso, de Germano prestando todo o apoio com o projeto integrador, ou Joelson com a temida linguagem de programação Java. Anderson e suas novidades sobre concurso e, até mesmo, de Antônio quando inventava de escrever no quadro com sua letra ilegível. Também de Joerlys, que esteve conosco apenas nos últimos meses, mas nos ajudava no que era necessário.
Agradeço aos pais por toda a ajuda e cooperação. Pelo suporte prestado e por terem confiado em seus filhos e, mesmo com as várias pedras que surgiram no caminho, sejam elas financeiras ou emocionais, fizeram com que nós chegássemos aonde chegamos.
Despedir-se pela última vez dos nossos colegas e professores não será fácil. Apesar de tudo, a vida é isso. Algumas coisas precisam ser deixadas para trás a fim de que novas coisas entrem e nos façam melhores. Até porque, como o físico Albert Einstein refletiu, a vida é como andar de bicicleta. Para manter o seu equilíbrio é preciso se manter em movimento. Sendo uma pessoa que já se mudou algumas vezes de cidade nesses últimos anos, confesso que mudanças são agridoces, entretanto… que sentido a vida teria se tudo fosse a mesma mesmice?
Portanto, chegamos ao fim. Mas o fim nunca é o fim. Se o final realmente existisse o universo seria limitado, não a constante expansão em que acreditamos até hoje que ele esteja. Sendo assim, peço que acreditem e confiem nos seus sonhos, pois, apesar de tudo, sempre existe uma luz no fim do túnel, a luz da esperança e ela está dentro de cada um de vocês.
Com o coração repleto de emoção, é necessário concluir esse discurso. Vocês farão tanta falta… ainda nem disse adeus, mas uma parte de mim já está oca. Lembrar nem de longe é o mesmo que viver. Dizem por aí que quem é de Desenvolvimento de Sistemas é meio fechado, vai ver seja esse o motivo de eu achar tão difícil escrever isso, mas às vezes faltam palavras para dizer o quanto cada um de vocês foram importantes para a construção de quem vim a ser.
Eu espero que vocês brilhem lá fora, sejam donos de si, criem asas, voem. Enfrentem todos os empecilhos que venham a lhes colocarem para baixo. Confio na capacidade de cada um de vocês e que atingirão as estrelas. Mesmo que leve um longo tempo para se concretizar, não desanimem ou desistam dos seus sonhos, pois vocês são mais fortes do que pensam. “Quando não houver caminho, mesmo sem amor, sem direção, a sós ninguém está sozinho, é caminhando que se faz o caminho”. Diante desse trecho dos Titãs me despeço, esperançosa quanto ao futuro de construção desse caminho.
Obrigada!
é uma honra ser mencionado nesse discurso! e saber que uma parte do nosso esforço valeu a pena =)
ResponderExcluirSimmm! Agradeço muito por tornar possível a realização da olimpíada!
Excluirfoi um prazer organizar aquela olimpíada com vocês.
ResponderExcluirDigo o mesmo.
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