RESENHA Nº17: O tatuador de Auschwitz

Título original: The Tattooist of Auschwitz
Autora: Heather Morris
Editora Brasileira: Planeta
Ano de publicação: 2018
Páginas: 240
Stars: 4/5

Colocado em um vagão junto com milhares de outros homens em direção a um campo de concentração, Lale não sabe o que esperar dali para frente. Assim que chega em Auschwitz, seus primeiros dias são terríveis, fazendo com que fique doente e quase não resista ao trabalho árduo que é obrigado pelos guardas a realizar, além das más condições de alimentação e descanso. Porém, é salvo por pessoas que teve quase nenhum contato e posto para ser ajudante do Tätowierer, Pepan, o qual tatua os recém-chegados judeus. 

Logo nos seus primeiros dias, Auschwitz recebe um caminhão de mulheres que necessitam ser tatuadas. Entre elas, Lale se interessa por uma e tomando seu delicado braço, tatua os números com grande pesar. Um tempo depois ele descobre que seu nome é Gita e que não tem tantas esperanças de sair daquela realidade viva, preferindo sempre se manter misteriosa sobre sua vida antes dali. Lale depois de um tempo vira Tätowierer, quando Pepan misteriosamente desaparece. Ele sabe que por ser judeu as chances de voltar a sua antiga vida ao invés de acabar como Pepan são escassas, mas apaixona-se por Gita, e passa a se dispor para fazer de tudo por ela e viver um amor em meio a todo o caos e trabalho forçado no campo de concentração que encontrava-se, vendo pessoas com quem criou laços entrando numa câmara de gás e nunca mais saindo de lá com vida.

Apesar do romance ser baseado em uma história de amor verdadeira, tudo parece ser ficção, o que torna desta uma história fascinante e angustiante ao mesmo instante. Uma palavra para descrever esta obra é resiliência. Tanto Lale que precisou se dispor para ser levado ao campo de concentração, ao invés de qualquer outra pessoa de sua família, como uma forma de protegê-los, como Gita, que teve seus cabelos raspados e sentia-se morta por dentro foi preciso se reerguer e não se deixar levar pela frustração da situação a qual estava passando. Um ponto negativo é a má divisão dos capítulos. Demorou um bom tempo para que eu me sentisse dentro da trama e isso pode ter causado uma leve opinião de que o livro não era tão bom.

Portanto, mesmo que os capítulos no início tenham sido mal divididos, considero uma história maravilhosa e envolvente, que te faz debruçar-se sobre a aura e realidade da 2º guerra mundial com primor. Como sempre fui atraída por histórias desse tema, recomendo demais a leitura. Vale a pena, principalmente se você for uma pessoa que já leu e gostou bastante de "O diário de Anne Frank" ou "A menina que roubava livros". Este livro segue a mesma linha dos citados.

Citação:

"Se você acordar pela manhã, é um bom dia."


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