Ele olhava-me com admiração. Como amo-o. É muito além do que posso descrever ou revelar. Ele mata-me e traz minha mente de volta à vida. Pelo retrovisor, tento vê-lo. É complicado dizer o quanto perdi da minha vida, as histórias que escutei e não faziam sentido algum para mim. Hoje em dia sei que fazem um sentido fora da lógica. Fazemos coisas e vemos coisas diferentes. Eu aprendo com ele todos os dias.
Tê-lo ao meu lado é tão reconfortante. Não queria que visse através do alambrado, mas é difícil para ele compreender. Sinto que ninguém nunca vai entender. As palavras são soltas e descompassadas. Toda aquela realidade era tão distorcida e perigosa. A minha saúde mental não parecia boa, mas tentei não pensar que tudo aquilo era verdade. É difícil manter a armadura pesada, realmente difícil.
No entanto não irei ser sincera e confiar nele, ainda. Somos jovens, não sabemos onde isso irá levar e o medo de amar é constante sobre minhas entranhas. Prevejo o peso que isso poderá trazer, temos condições diferentes. Planos diferentes... mas tão iguais.
Felicidade para ele é amar com tudo. Felicidade para mim é ver alguém feliz e ter a certeza de que aquela pessoa vai contagiar outra. Quero apenas ser intermédia da felicidade, não obtê-la como um troféu exposto aos quatro cantos. Não sei se amar seria um tipo de felicidade, mas sei que há dois tipos de felicidade: a momentânea e material e a longo prazo e invisível, que utiliza-se de sentimentos confusos. Não encontro nenhum dessas duas em mim, mas talvez esteja me arriscando pela a incerta e de longo prazo. Que pode ferir, mas que será boa enquanto durar.
Comentários
Postar um comentário
Obrigada pela leitura! <3