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— Como você está? — A idosa perguntou um pouco preocupada.
— Não está sendo fácil.
— Para mim também não. — Lamentou e chamou a neta para um abraço.
Depois de se separarem, Ruth decidiu voltar para o quarto. Ainda não estava totalmente recuperada de saber que não tem mais ninguém de sua família, a não ser seus parentes, ao seu lado. Deitada na cama e sentindo o cheiro de amaciante advindo dos lençóis limpos, lembranças vagueiam sua mente onde está a procurar um novo livro para ler. Seu pai tinha uma pequena biblioteca em casa com cerca de cem livros na estante e a deixava imersa neles por todo o tempo livre que ela tivesse. Lembra-se também de sua mãe sentada em uma cadeira concentrada no livro de romance.
Suspirou diante de sua memória repleta de bons momentos e decidiu então concentrar-se no futuro. Ela queria começar logo na nova escola e, a pedido da mesma, seus avós já haviam feito sua matrícula no colégio de Guará. Seria um entretenimento, já que precisava voltar a sua rotina e tentar ser alguém na vida. Nas horas vagas decidiu que faria alguns textos e contos. Já havia feito umas colunas para o jornal local quando tinha apenas dez anos. Por que não fazer agora? Seria um refúgio do seu mundo e uma das maiores riquezas deixada por seus pais, o incentivo a leitura e a sua importância. Ruth havia decidido, em seu íntimo, que honraria seus pais.
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NOTAS FINAIS
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1. Esse texto foi feito em 2020 para um trabalho da escola;
2. A minibiografia romanceada tem como base a entrevista a seguir;
Comentários
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Obrigada pela leitura! <3