RESENHA Nº3: A menina que roubava livros

Título original: The Book Thief
Autor: Markus Zusak
Editora Brasileira: Intrínseca
Ano de publicação: 2005
Páginas: 480
Adaptação para filme: 2013
Stars: 5/5

Onde morte e guerra são amigas, a menina que roubava livros é um drama que passa-se em plena segunda guerra mundial em torno da ideologia nazista. Liesel Meminger é uma garota que - pouco antes de completar dez anos de idade - é dada junto ao seu irmão para outra família. Sua mãe não tinha condições de criá-los e acabou por dá-los em troca de dinheiro. Na viagem para a nova casa, a morte encontra-se pela primeira vez com a garotinha de olhar vivo após seu irmão morrer em um dos vagões do trem ao qual estavam acomodados. Quando o coveiro enterra-o, deixa cair um livro de capa preta. Liesel olha para o livro interessada e, - apesar de não saber ler -acaba por furtá-lo sem que ninguém desse conta.

Depois disso, é entregue a Hans e Rosa Hubermann. Hans é um acordeonista e Rosa uma mal - humorada. O primeiro consegue cativá-la rapidamente e mostra-se o pai que ela nunca teve. Para além disso, descobre do seu furto e que não sabe ler, porém ensiná-a a ler e mostra-se um grande cúmplice. Rosa, por outro lado, passa a primeira impressão de durona. Em meio a essa nova vida, Meninger conhecerá Rudy, um garoto que pensa em ser corredor e que se tornará o amigo para todas as horas, roubará mais livros e precisará esconder um judeu no porão do seu novo "lar".



Contada pela morte, A menina que roubava livros possui uma trama de tirar o fôlego. O autor sempre procura mostrar o quanto a leitura é importante e a persuasão feita pelo nazismo na época que impedia as pessoas de ler obras literárias e fictícias e queimava os livros. Também apresenta o cotidiano dos alemães mais pobres e a triste realidade de viver com medo das bombas. Sem esquecer-se da abordagem feita sobre o contexto da vida judeus sendo perseguidos e precisando esconderem-se por não serem alemães.

É uma obra muito rica e que te transportará para a realidade vivida na guerra, não dos soldados, mas da população. Não era apenas nos campos de guerra que pode ver-se tristeza, mas também nas cidades. Recomendo que leiam e façam essa reflexão de que a guerra afeta todos envolvidos e no fim não existe vencedor pois ambos lados são extremamente destruídos tanto economicamente quanto psicologicamente.

Citação:

"As pessoas só observam as cores do dia no começo e no fim, mas para mim está muito claro que o dia se funde através de uma multidão de matrizes e gradações, a cada momento que passa. Uma só hora pode consistir em milhares de cores diferentes. Amarelos céreos, azuis borrifados de nuvens. Escuridões enevoadas. No meu ramo de atividade, faço questão de notá-los."



Nota da autora:

Esse é o meu livro favorito! Chorei no final mesmo sabendo o que iria acontecer (tinha assistido o filme). Não darei spoilers, mas recomendo que leiam. Sou suspeita a falar porém ele é maravilhoso! 


Comentários

  1. A resenha ficou incrível. Você escreve muito bem! Gosto muito de ler o que você escreve.

    Apenas assisti o filme, mas na maioria das vezes, os livros são melhores. Tenho ler esseesse. Com certeza ele vai para minha lista ��

    Ah, amei as fotos também

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    1. Verdade, o filme é um básica adaptação do que ocorre realmente no livro. Acredito que o livro traz uma profundidade maior para os sentimentos e os acontecimentos da trama.

      Fico feliz que tenha gostado das fotos e da resenha. Você fez o meu dia melhor!

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  2. eu já assisti o filme e já li o livro, o livro passa o conteúdo de forma bem imersiva e com bastante detalhes, eu realmente gostei do livro e recomendo bastante. =)

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    1. Tô na mesma, haha! Obrigado pela leitura da resenha :)

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Obrigada pela leitura! <3