RESENHA Nº4: O Homem de Giz

Título Original: The Chalk Man

Autora: C.J. Tudor

Editora Brasileira: Intrínseca

Ano de publicação: 2018

Páginas: 269

Stars: 5/5

No thriller que oscila entre os anos de 1986 e 2016, Eddie Monstro é um adolescente de apenas doze anos que junto a sua gangue de amigos: Gav Gordo que é o "líder" da gangue, Hoppo cuja mãe trabalha com limpeza, Mickey Metal um garoto astuto e provocador e Nicky uma garota a qual o pai é Reverendo e tenta fazer com que ela siga as doutrinas da igreja, fazem coisas normais como qualquer outro grupo - como andar de bicicleta - na pacata cidade de Anderbury. Seu pai trabalha em casa a escrever e a mãe é uma médica que está a trabalhar em um projeto envolvendo o aborto. Na idade adulta de Eddie, descobre-se que o pai terá Alzheimer e já faleceu ao atual ponto da história e sua mãe tenta seguir a vida ao lado de Gerry, o namorado.

No passado, os cinco amigos parecem que terão uma amizade duradoura. Após a ocorrência de mortes e homens de giz aparecerem em cada uma delas, tudo começa a desandar e a tranquila cidade de Anderbury não será a mesma depois da "última" e mais impactante morte acontecer. No presente, trinta anos depois, (Eddie é um professor de inglês e mora com uma inquilina - Chloe) tudo volta a tona e ele ver-se obcecado a procura de respostas.

Com capa misteriosa e escrita fluida, O Homem de Giz é um livro instigante e reflexivo na mesma proporção. Que trabalha muito com os personagens e a moldagem das atitudes tomadas por eles e suas consequências. Mistura memórias da adolescência e vida adulta de Edward Adams ou Eddie, como era chamado na sua fase mais jovem. Contado pelo narrador quando adulto, pode ter algumas partes distorcidas ou baseadas apenas no que ele recorda-se. Vale lembrar que Alzheimer é hereditário e isso pode contribuir para que o fim seja confuso. É importante compreender as entrelinhas. Traz temas como a influência da igreja nas questões sociais, a morte vista pelo lado inocente das crianças e uma pitada de amor proibido.

A autora, C.J. Tudor, aposta em uma trama que mexe não só com o psicológico de Eddie, mas também dos leitores. Embora muitos achem que há pontas soltas, para mim não existe ponta solta alguma. Recomendo muito e, na minha opinião ela foi maravilhosa ao me fazer rever todos os detalhes e formular um teoria do que realmente aconteceu. Tive que levar em conta a memória do personagem e o propósito da história. Por isso, leiam e tirem suas próprias conclusões.

Citação:

"Há certas coisas na vida que se pode alterar - o peso, a aparência, até o próprio nome -, porém há outras que são imutáveis, independentemente da força de vontade, do esforço e do trabalho árduo. São estas coisas que nos moldam: não as que podemos mudar, mas as que não podemos."

- O Homem de Giz, C.J. Tudor, pg. 46, 2°parágrafo

Nota da autora:

Comecei: 14 de agosto de 2020

Terminei: 21 de agosto de 2020

Páginas por dia: 38

OLÁ!! Esse livro me deixou muito envolvida com a história. Tenho uma teoria sobre o aconteceu e é um pouco louca, mass não posso contar. A magia dessa trama é maravilhosa. Como amo thrillers, suspense e uma pouco de terror, O Homem de Giz caiu como uma luva! Espero que tenham gostado da resenha...